Aplicativo de audiolivros

Para mexer com a cabeça dos bibliotecários empreendedores! Eu mesmo queria ter tido essa ideia antes, isso faz a gente pensar que não basta ter ideias, temos que colocá-las em prática!

Startup brasileira lança aplicativo de audiolivros para Android e iOS

11/11/2014 08h31 – Atualizado em 11/11/2014 11h38

Lucas Agrela, de INFO Online

Uma startup brasileira lança nesta terça-feira (11/11) um aplicativo de audiolivros para estimular o consumo de conteúdos literários no país. O app chamado TocaLivros tem versões para celulares com sistemas Android e iOS.

Como uma promoção de lançamento, a empresa oferece um audiolivro grátis para os primeiros 10 mil internautas que fizerem cadastro no site do TocaLivros, bem como 50% de desconto nas compras futuras até o final do ano de 2014. Ao entrar neste site, é preciso informar por quais livros e gêneros literários você se interessa e compartilhar a página da TocaLivros no Facebook.

A empresa tem acordos com editoras e produz os conteúdos que veicula. Ou seja, fica responsável pela narração dos livros. Para isso, a TocaLivros tem parcerias comerciais com cinco estúdios de gravação e com narradores profissionais. O segredo dessa produção, segundo a empresa, é que a leitura deve ter a entonação certa para cada trecho para passar ao ouvinte a emoção descrita pelo autor. A média de produção é de dez livros por mês.

A escassez de audiolivros em português é apontada como um dos motivos para que esse mercado ainda não tenha o potencial que poderia ter, de acordo com Ricardo Camps, sócio da TocaLivros. “Atualmente, são cerca de 700 audiolivros que são oferecidos para os brasileiros”, afirmou Camps, em entrevista a INFO. O acervo inicial da TocaLivros será de 100 obras. “Nossa meta é atingir a oferta de 2.500 livros até o ano que vem.”

O preço dos audiolivros no aplicativo “não será tão barato quanto um ebook devido à locução profissional”.  O valor médio de uma obra na livraria mobile será de 20 reais.

A expectativa de aceitação da TocaLivros no mercado brasileiro é grande para a empresa. “Nesse próximo ano, queremos chegar a 200 mil usuários. É um número tranquilo para nós. Em breve, vamos aumentar a produção, serão 20 livros por mês”, declarou o executivo.

A empresa, que tem dez funcionários e uma equipe contratada de 50 narradores, recebeu um aporte inicial no valor de 800 mil reais. A expectativa de retorno sobre o investimento é de curto prazo. “A rentabilização deve ocorrer em um ano, mas serão necessários mais quatro ou cinco anos para realmente consolidarmos a plataforma”, disse Camps.

Segundo o levantamento mais recente da Audio Publishers Association, 6 milhões a mais de livros falados foram vendidos de 2011 para 2012. Não há dados semelhantes apurados por empresas ou consultorias no Brasil.

De acordo com a pesquisa “Retratos da Leitura”, divulgada pelo Instituto Pró-Livro e Ibope Inteligência, a falta de tempo foi citada por 50% dos entrevistados como uma barreira para ler mais. A média de livros lidos por brasileiros é de quatro obras por ano, enquanto nos Estados Unidos esse número chega a 11.

O modelo de negócio da companhia está baseado em acordos entre as editoras, que recebem percentuais de vendas, e os estúdios de gravação, que recebem pelos serviços prestados.

Camps afirmou ainda que a TocaLivros não optou pelo modelo de assinatura mensal com acesso ilimitado, como a Netflix, ou simplesmente uma biblioteca virtual, devido à falta de conteúdos em português e pela falta de destaque para novos escritores. Por outro lado, com um mercado consolidado, isso seria possível, visto o que aconteceu no segmento musical ou mesmo nos ebooks, nos Estados Unidos, finaliza Camps.

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