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outubro 10, 2016

Big data está valendo a pena?

 

Um estudo do Gartner mostra que os investimentos em big data apresentaram que o número de companhias que pretendem investir em big data nos próximos dois anos apresenta uma queda de 31 para 25%.

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Para Nick Heudecker, diretor de pesquisas do Gartner “as organizações entendam que o big data não é uma tecnologia específica, elas precisam evitar pensar sobre big data como um esforço exclusivo”. A analista diz também que há outras iniciativas de TI que recebem prioridades dos investidores.

A pesquisa informa também que apenas 11% dos entrevistados de organizações que já investiram em big data relataram que suas apostas na tecnologia eram tão importantes, ou mais importante, do que outras iniciativas de TI, enquanto 46% afirmaram que eram menos importantes.”Isso pode ser devido ao fato de que muitos projetos de big data não têm retorno tangível sobre o investimento (ROI) que pode ser determinado antecipadamente”, acrescentou Heudecker.

Vale a pena, bibliotecário?

Muito se falou sobre a empregabilidade do bibliotecário no Big data, sendo necessário buscar capacitação, cursos, eventos, palestras, mas será mesmo que vale a pena investir nessa formação vendo os investimentos nessa tecnologia cair?

Ainda é cedo para dizer. Mas procurar capacitação sempre é uma forma de se manter atualizado e com trabalho. Sabemos que o mercado de trabalho tem mudado constantemente, principalmente na nossa profissão. A análise de informação é cada vez mais valorizada e o bibliotecário mais do que ninguém tem essa habilidade no seu DNA

O outro lado da moeda

Bid data pode acabar com a era do achismo

Segundo o professor da USP Alexandre Porto Chiavegatto Filho. “Durante muito tempo a saúde pública brasileira foi dominada por achismos, chutes, deduções, interesses individuais. O Brasil é um grande outlier no nível de insatisfação com os serviços de saúde e o big data pode ajudar a mudar isso”, afirmou durante o Summit Saúde 2016, promovido pelo Grupo Estado.

Chiavegatto apontou que hoje 76% dos prontuários médicos no Brasil ainda são de papel. Segundo ele, algumas principais áreas que seu grupo pesquisa na USP usando o big data são estudos multicêntricos, que são pesquisas feitas em diversas regiões, com maior representatividade e generalização dos resultados; medicina de precisão, com decisões de saúde individualizadas; e internet das coisas, que é a capacidade dos objetos – neste caso sistemas e equipamentos médicos – trocarem informações entre si.

Exemplos práticos

O pesquisador deu alguns exemplos práticos que já estão sendo elaborados. Seu grupo procura, por exemplo, acelerar a triagem de pacientes que chegam ao pronto-socorro com suspeita de zika e dengue. Também há um projeto para reduzir erros de preenchimento em atestados de óbito, que são uma importante fonte de informação para pesquisas em saúde. Outro caso é um estudo feito há 16 anos com um grupo inicial de 2 mil idosos.

A ideia é fazer com que os algoritmos estabeleçam quem provavelmente morrerá em cinco, dez ou 15 anos, com base nos padrões entre os idosos do grupo que já faleceram. Os pesquisadores também avaliam o programa Mais Médicos, analisando a melhora em indicadores de saúde e, assim, determinando qual seria o município mais adequado a receber os profissionais desse programa.

Já Renato Policano, da Microsoft, ressaltou a possibilidade do uso do big data para melhorar a eficiência operacional e financeira dos provedores de saúde. Segundo ele, usando a nuvem como habilitador do big data é possível obter ganhos de velocidade, escala, economia e segurança.

Enquanto isso, Eduardo Cipriano, da IBM, ressaltou a importância da tecnologia cognitiva, que significa uma revolução na tecnologia da informação. Ele apontou que toda a informação médica do mundo deve dobrar a cada 73 dias até 2020 e que é impossível um médico se manter atualizado.

Referências 1 e 2