Bibliotecas em todas as instituições de ensino

O Governo Federal publicou em 2010 a lei nº 12.244 que dispõe sobre a universilização de bibliotecas nas instituições de ensino do país. Lindo! Mais lindo ainda será se isso ocorrer na prática, cabe a nós profissionais em biblioteconomia e aos Conselhos Regionais cobrar a aplicação desta lei que já está em vigor.

A criação de bibliotecas virtuais é um bom começo, mas não podemos esquecer que nem todas as classes sociais tem acesso à internet, por isso instalações físicas são fundamentais.

03/02/2012

Educação e computação na nuvem: escolas podem ter bibliotecas com até 5 mil livros

Empresa cria bibliotecas virtuais na nuvem, com valores de assinatura competitivos e modelo de negócios voltado ao ensino nacional

Rafael Arbulu

No ano de 2010, o governo sancionou a lei nº 12.244, que, em sua essência, obriga todas as instituições de ensino, sem exceção, a disponibilizar bibliotecas até 2020. Trata-se de uma tentativa de facilitar o acesso de livros didáticos e obras literárias a alunos do ensino brasileiro. Mas, com a evolução da tecnologia e a disponibilidade de informações obtidas a poucos cliques, livros fisicos seriam mesmo necessários?

A Mix Tecnologia, uma empresa pernambucana de TI, acredita ter encontrado um meio termo para essa questão. É ela que gerencia, nas regiões Norte e Nordeste, toda a parte de logística comercial do projeto “Nuvem de Livros” – uma criação do Grupo GOL (que não tem nada a ver com a empresa de aviação civil). Trata-se de um modelo de negócios que alia a hospedagem de arquivos na nuvem com a evolução tecnológica favorável à educação. “Todos os lados são remunerados: empresa, editora, autor dos livros – todos saem ganhando de forma justa”, afirma Murilo Marinho, diretor da Mix Tecnologia.

A ideia de ambas as empresas é promover exatamente o que a lei nº 12.244 rege, mas de uma forma que não obrigue as instituições de ensino – por vezes, sem verbas suficientes para reformas físicas – a gastar dinheiro excessivo na construção de bibliotecas físicas. Por R$ 48,00 anuais por aluno, as empresas concedem acesso ao acervo que, hoje, está próximo da marca de 5 mil livros: “A lei não determina se as bibliotecas devem ser físicas ou virtuais. O nosso projeto é perfeito para isso justamente pelo fato de ser mais barato para a escola, além de remunerar autores através de um piso mínimo contratual que aumenta conforme sua obra se populariza. Levando em consideração que a maior parte das escolas já conta com acesso Wi-Fi ou laboratórios de informática, além do crescimento da internet móvel nas mãos de adolescentes, essa pode ser uma solução a longo prazo para os alunos”, diz Marinho.

Toda a tramitação é feita pelo grupo Gol. Autores e editoras são procurados – ou procuram – a empresa para disponibilizar sua obra na nuvem. Assim, firma-se um contrato estipulando valor a ser pago para o autor – em caso de escritores independentes – ou à editora. A obra então é disponibilizada para visualização pelo PC. Todo o acervo é disponibilizado por R$ 4,00 ao mês por aluno”, explica Marinho. O interessante é que, com a questão da portabilidade de recursos, essa nuvem também já conta com uma versão para tablets e smartphones Android (versão 3.x ou superior), enquanto uma versão para iOS está em fase de aprovação pela Apple.

Pirataria?

Marinho diz que esse foi um ponto muito pensado na idealização da Nuvem de Livros. De acordo com o diretor, a forma de proteger os autores e editoras contra a disseminação indevida de suas obras é permitir a visualização do arquivo apenas pelo usuário: “Em nenhum momento há um download do arquivo para o HD do usuário. Também não há como selecionar trechos do texto e copiá-los em um editor, como WordPad e afins. Se é possível piratear? Sim, é, mas só se a pessoa tiver a paciência de imprimir páginas em HTML uma por uma ou copiar o texto ‘na mão'”.

Murilo espera que usar a nuvem para fins mais educativos se torne uma tendência global. E você, o que pensa do assunto? Acha que isso ajudaria, nem que fosse para aliviar o peso das mochilas escolares? Ou o método padrão que conhecemos ainda é o mais indicado? Conte-nos nos comentários!

Fonte: Olha Digital

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