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janeiro 20, 2016

Estudo de uso e usuários: resumo para concursos público

Estudo de uso e usuários é uma disciplina que constantemente aparece nos editais de concursos públicos. É importante ter os principais conceitos bem resolvidos na sua cabeça para responder as questões. Fiz esse resumo para você ganhar um tempo e estudar o que realmente é necessário para ir bem nas provas.

Definições

Estudos de uso: aqueles que se iniciam a partir de um grupo de materiais de biblioteca e então começam a investigar qual o seu uso, ou quanto de uso eles tiveram;

Estudos de usuários: começam com pessoas e perguntam se ou quanto elas usam os materiais da biblioteca e, talvez, quais tipos de materiais utilizam.

Metodologias

A definição exata dos objetivos de estudo e o levantamento da literatura são passos essenciais para a boa definição da metodologia a ser utilizada.

Estudos de circulação: relacionados com o empréstimo externo (não interno). Podem ser realizados tomando-se em consideração o total da coleção ou parte dela; é suscetível a análises variadas, permitindo o enfoque por tipo de usuários, por data de aquisição do material, por assunto, por tipo de materiais, etc. Estudos desse tipo permitem a identificação de partes sub-utilizadas da coleção (o que permitirá a decisão sobre seu descarte, remanejamento para áreas de acomodação compacta ou mesmo sua microfilmagem) ou, ao contrário, de títulos de altíssima demanda o que exigirá aquisição de duplicatas.

Estudos de levantamento de opiniões dos usuários: determinam o grau de atendimento das necessidades dos usuários por intermédio da coleção da biblioteca, procurando obter dos mesmos respostas a questões específicas. Utilizam-se normalmente questionários ou entrevistas, podendo as perguntas serem abertas ou fechadas. Permitem, em linhas gerais, avaliar tanto quantitativo como qualitativamente o grau de eficiência da coleção no atendimento das necessidades de seus usuários, além de proporcionarem informações valiosas para resolver problemas específicos enfrentados pela biblioteca ou a adequação ou não dos serviços oferecidos. A decisão por estudos de levantamento de opiniões dos usuários – o estudo de usuários – deve ser muito bem pensada, pois com ela corre-se o risco de trazerem incômodos desnecessários aos usuários e assim, em vez de obter sua colaboração, conseguir apenas seu afastamento. Da mesma forma, a decisão por questionários ou entrevistas deve levar em consideração as vantagens e desvantagens inerentes a cada um destes métodos.

Teste de fornecimento de documentos: procura determinar a capacidade que tem uma biblioteca específica de fornecer a seus usuários os itens de que eles necessitam. A metodologia mais comum é a compilação de uma lista de citações que reflete as necessidades de informação dos usuários. A partir desta lista, simulam-se situações de busca do material, tentando-se determinar a taxa de capacidade de atendimento aos usuários. Estes testes possibilitam a obtenção de medidas bastante objetivas da capacidade da coleção para atender as necessidades de sua clientela específica, permitindo, também, a comparação entre duas ou mais bibliotecas pela utilização de idênticas listas de citações. Por outro lado, alguns problemas prejudicam a confiabilidade nesse tipo de estudo: de um lado a dificuldade de se compilar listas de citações representativas sobretudo pela imprecisão dos dados fornecidos pelos testes preparados pelo staff da biblioteca que não levam em conta a probabilidade de não obtenção de documentos devido a erros do próprio usuário; de outro, a necessidade de constante repetição destes testes e de comparações com estudos desenvolvidos em outras bibliotecas.

Estudos de disponibilidade na estante: por não se tratarem de técnicas de simulação mas sim do acompanhamento bem próximo de experiências dos usuários na busca e obtenção do material que desejam, podem cobrir algumas das falhas apresentadas pelos testes de obtenção de documentos. Também nesse caso lançará mão de questionários e entrevistas, solicitando-se aos usuários que relatem os casos em que não conseguiram obter os documentos de que necessitavam, o que pode ocorrer devido aos mais diversos fatores, como ao fato da biblioteca não possuir aqueles documentos específicos ou, em os possuindo, os mesmos não estarem disponíveis no momento desejado em virtude de, por exemplo, estarem colocados fora de seu lugar correto na estante.

Estudos de uso interno: baseiam-se na avaliação de registros de uso do material no próprio recinto da biblioteca, o qual é computado no momento de sua recolocação na estante. Os estudos de circulação – o que não deixam de ser os estudos de uso interno – possibilitam ao bibliotecário o enfoque não só de toda a coleção ou somente parte dela, mas também, segundo as necessidades, a análise de todos os seus usuários ou somente uma amostra dos mesmos.

Estudo de citações: contagem do número de vezes que os documentos são citados por outros, são utilizados em bibliotecas principalmente para desenvolver listas básicas de títulos e para identificação de prováveis descartes ou cancelamento de títulos. Presume-se que a probabilidade de demanda de um título é proporcional ao número de citações que este título recebe na literatura, o que não deixa de ter uma certa lógica.

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