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maio 17, 2019

Novos Campos de Atuação do Profissional de Informação

A profissão ganhou novos espaços com o avanço da tecnologia dentro das empresas. Cada vez mais os profissionais saem dos livros e do papel e conquistam importantes cargos na carreira digital, como UX (User Experience) e até no combate às fake news.

Foco no conteúdo e no usuário (cliente)

O foco do bibliotecário é o conteúdo e o usuário da informação. Nesse sentido, tecnicamente seu foco é a curadoria das informações. De acordo com a professora do curso de biblioteconomia da FESP-SP, Valéria Valls, uma área que está avançando na busca de bibliotecários é a de Experiência do Usuário (UX, na sigla em inglês).

“O que nos diferencia dos profissionais da tecnologia é que somos focados no conteúdo (não nos meios de comunicação diretamente), então não precisamos saber programar, mas sim saber o que o usuário precisa e ‘entregar’ essa demanda para quem vai modelar os sistemas, atuando fortemente na definição de requisitos e depois, validando a percepção do usuário”, detalha.

Capacitação em Tecnologia

Valéria Valls segue: “O bibliotecário teve que adquirir, ao longo dos anos, competências relacionadas à tecnologia como por exemplo gestão de banco de dados, arquitetura da informação, noções de informatização, gestão de repositórios institucionais, etc. Hoje o que percebemos é uma demanda enorme de atuação.”

Como outras habilidades cita a aptidão para validar a fonte de informação, identificar notícias falsas e plágio em artigos acadêmicos.

“O bibliotecário é o Sherlock Holmes da internet, ou seja, ele consegue localizar informações em fontes seguras. Ele desenvolve essa competência na faculdade, tanto em fontes de informação quanto em recuperação da informação com lógica avançada de pesquisa SEO (otimização de mecanismos de pesquisa) e está habilitado a apoiar as organizações na identificação de notícias falsas, as fake news, e inclusive plágios. É um mercado muito promissor para a profissão”, avalia Valls.

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Emprego


O conhecimento de novas tecnologias pode apoiar o profissional de informação.

Mesmo com a falta de experiência na área, o mercado espera do profissional recém-formado algumas qualificações. De acordo com assessora de carreira da Catho, Carla Carvalho, ainda que de maneira rasa, ao sair da faculdade o profissional já deve demonstrar a familiaridade para atuar na organização dos acervos, administração de dados, processamento e disseminação de informações dentro do ambiente de trabalho, e para atuar no atendimento aos leitores, apoiando na busca pela informação.

Além disso, espera-se o conhecimento prévio em plataformas de bibliotecas digitais ou ainda em soluções tecnológicas que visam aperfeiçoar os processos trabalhados dentro de uma biblioteca. Realizar cursos extracurriculares, nesse caso, pode ser algo bastante interessante, especialmente quem está ingressando na carreira.

“O conhecimento de novas tecnologias pode apoiar o profissional na realização de algum projeto de implementação de biblioteca digital ou repositórios institucionais, por exemplo, sendo essa prática um grande destaque para o segmento”, explica Carla Carvalho.

Fonte: [1]