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outubro 1, 2014

Formato MARC: o que estudar?

Formato MARC é uma realidade nas provas, com a automação das bibliotecas é natural que os órgãos exijam que tenham algumas questões no certame sobre este tema. Mas o que estudar? Este conteúdo foi baseado em questões de concursos para bibliotecários de diversas bancas.

O formato de registro MARC foi desenvolvido pela LOC e pela British Library para comunicação de descrições bibliográficas em formato legível por computador, de tal modo que os registros pudessem ser reformatados para atender a qualquer objetivo imaginável.

O formato UNIMARC é um novo formato de intercâmbio internacional de registros MARC. A estrutura do registro MARC não é mundialmente idêntica, no entanto o formato UK MARC será suficente para exemplificar o formato de registro. Tanto o UK MARC quanto o UNIMARC obedecem  à ISO 2709, que é a norma de intercâmbio de dados bibliográficos em fita magnética.

O formato MARC inclui até 61 elementos de dados, 25 dos quais são recuperáveis diretamente durante as buscas. O formato é compatível com o AACR2 e com a CDD, sendo previsível que venha a sofrer modificações, a fim de se adaptar a novas edições destes instrumentos de trabalho.

O formato MARC compreende duas seções:

Seção 1: contém informações descritivas dos dados bibliográficos;

Seção 2: contém os dados bibliográficos propriamente ditos.

Os campos abrangidos pela seção 2 e que, portanto, contém os dados bibliográficos, são todos eles campos de tamanho variável. Por conseguinte, é preciso sinalizar o começo e o fim de cada campo. Assim, cada campo é precedido de um paragráfo (tag) de três caracteres e dois indicadores numéricos, e termina com um delimitador especial. Os parágrafos consistem em três algarismos situados na faixa 000-945. Os parágrafos têm uma estrutura mnemônica, uma vez que obedecem à mesma sequência de um registro catalográfico, e os parágrafos das entradas secundárias refletem os parágrafos dos cabeçalhos principais. Por exemplo, os principais parágrafos são:

100 – Entrada principal pelo nome pessoal;

110 – Entrada principal pelo nome de uma entidade;

240 – Título Uniforme;

245 – Título e indicação de responsabilidade;

250 – Edição e indicação de responsabilidade pela edição, organizador, etc.;

260 – Área da publicação (imprenta);

300 – Colação;

400 – Indicação de série;

500 – Notas

Atualmente, um nome de autor pessoal, em geral, também trás ’00’ na segunda e terceira posições, de modo que:

100 é usado para um entrada principal de autor pessoal;

600 é usado para uma entrada de autor pessoal como assunto;

700 é usado para uma entrada secundária de autor pessoal.

Cada um dos campos principais também tem dois indicadores de campos que são algarismos de um dígito colocados em seguida ao parágrafo e que são exclusivos do campo ao qual são atribuídos. Empregam-se os indicadores com a finalidade de distinguir tipos diferentes de informações inseridas no mesmo campo, de acolher entradas secundárias de títulos, de indicar o número de caracteres a serem desprezados na alfabetação dos títulos, e de mostrar se certas informações, como edição e imprenta, se relacionam com uma parte ou com o todo de uma obra de múltiplas partes.

Muitos campos num registro catalográfico contém unidades distintas menores, conhecidas como subcampos. Os subcampos usuais na área de publicação (imprenta) são: lugar de publicação, publicador (editora) e data de publicação. Todos os subcampos são precedidos de um código de subcampo, que consiste num único símbolo (por exemplo, ‘$’) e uma única letra. Uma área de publicação seria codificada assim:

260.00 $aSão Paulo, $bMelhoramentos e $c1993.

Os códigos são definidos no contexto do campo em que são empregados, mas códigos similares são usados em situações paralelas. Por exemplo, os códigos de subcampo para um nome pessoal são constantes, independentemente de ele ou ela ser autor ou assunto, principal ou secundário.

Os campos de controle são a única parte de seção 1 que é inserida pelo catalogador. Eles contém dados como o número de controle do registro (ISBN), língua em que o texto está escrito, código de nível intelectual, código do país de publicação, e controlam o acesso ao registro principal.

Cada registro começa com um rótulo e um diretório, ambos inseridos pelo programa. O rótulo contém informações sobre o registro, como, seu tamanho e situação (novo, modificado, etc), tipo e classe. O diretório é uma lista de localização que relaciona, para cada parágrafo, o parágrafo, o número de caracteres do campo e a posição do caractere inicial dentro do registro.

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