O local de trabalho pode tornar-se um ambiente tóxico quando se é “permitido” o agravamento de conflitos.
Gerir conflitos pode ser uma atividade complicada, especialmente quando não se está familiarizado com o ecossistema no qual ele foi originado e como os esforços para resolvê-lo irão reverberar no restante da organização – pelo ambiente de trabalho ser alimentado por inúmeras agendas simultâneas há maior dificuldade em ter ciência de quais departamentos serão afetados pelo embate e qual será o impacto de sua resolução.
Para Glenn Llopis, Opportunity Expert, líderes devem agir de forma responsável para serem respeitados. “Liderança não é um concurso de popularidade; é uma responsabilidade séria que envolve principalmente: desenvolver e orientar todo o potencial das pessoas, equipes e da organização em geral”. Uma parte importante disso é saber avaliar conflitos e quando aproveitar a oportunidade dentro dele, antes da tensão saudável se transformar em caos.
Resolução de conflitos
Llopis destaca: há algumas pessoas que preferem trabalhar através do conflito, pois são orgulhosas demais, e têm medo de deixar transparecer suas vulnerabilidades, ou apenas estão muito sobrecarregadas com suas próprias inseguranças para reconhecer o stress – e muito menos para o trabalhar.
Para ajudá-lo a criar e sustentar um ambiente favorável de trabalho, com o envolvimento dos funcionários e foco em resultados aqui estão algumas dicas de Glenn Llopis para lidar com situações conflituosas no trabalho.
1. Timing certo
Muitos conflitos são criados desnecessariamente. É papel dos líderes evitar o aparecimento deles. O tempo é tudo quando se trata de geri-los, e a melhor hora de agir é quando há fortes evidências de que um colaborador possui histórico de má conduta que irá impactar negativamente o desempenho dos outros.
Se todos ao seu entorno estão cientes que há um problema, ele deve ser tratado, e você está esperando para agir. Você está perdendo o respeito de seus pares e daqueles que lidera.
Liderar está sobre a tomada de ação e de como enfrentar problemas antes que seja tarde demais. Se você esperar muito tempo para atuar em momentos de adversidade, aqueles ao seu entorno irão começar a tomar as decisões que você hesitou. Quando os outros vêem que você não está maduro o suficiente como um líder para agir, isso coloca a sua reputação em risco.
Como você trabalha uma adversidade pode ‘fazê-lo” ou “quebrá-lo”, mas mais do que isso, acabará o revelando como profissional. Identifique a sua capacidade de gerir conflitos e identifique as oportunidades com o Workplace Serendipity Questionary.
2. Conheça seus limites
Cada indivíduo encara um conflito de forma diferente, por isso é importante conhecer os riscos e benefícios da resolução de um embate, dentro dos limites de cada um de seus liderados.
Auxilie seus colaboradores a conhecer seus próprios limites, e os limites de seus colegas, para que seja perceptível o momento que estão cruzando a linha de tolerância. Identificar tendências de comportamento que parecem desencadear certas atitudes provocam mudanças de mentalidade e podem revelar a falta de auto-consciência. Isso pode ser feito com sessões de coaching consistentes, onde você pode começar a reforçar as expectativas de desempenho para cada um de seus colaboradores. Ações desse teor permitem não só a identificação de seus limites como estabelecem padrões que ajudam a prevenir o surgimento de conflitos.
Líderes dedicados ativamente ao coaching aprendem com mais facilidade sobre sua equipe e vão encontrar-se em um ambiente com muito menos conflito. O “novo” mercado de trabalho enfrenta uma crescente diversificação de profissionais e conhecê-los para entender como eles irão influenciar o ecossistema é primordial.
3. Diferenças Respeito
Em vez de impor a sua influência, hierarquia ou posição, respeite as diferenças únicas em cada pessoa, aprenda a ter um olhar a partir de diferentes pontos de vista para entender melhor como evitar conflitos futuros. A resolução de problemas raramente é “preto no branco”. Na verdade existem áreas mais e mais cinzentas a medida que o mercado de trabalho torna-se mais generalizado culturalmente.
Além da compreensão de como o conflito poderia ser evitado, respeitar as diferenças pode ajudar a compreender a melhor forma de gerenciar conflitos, observando os dois pontos de vista.
O senso comum nos diz: somos mais confortáveis em lidar com quem nós confiamos. Como líderes, precisamos ter ciência que cada funcionário representa uma oportunidade única ao crescimento e desenvolvimento profissional. A troca baseia-se na inteligência das pessoas, e até aceitar esse fato, continua-se a criar, mesmo sem saber, a tensão com esses colaboradores – não confortáveis – e a desvalorizar suas contribuições no processo.
4. Enfrentar a tensão
Liderar é, muitas vezes, fazer o que a maioria das pessoas não gosta. A resolução de conflitos é uma delas – mas como líder você deve enfrentar a tensão. Não espere para agir na resolução de conflitos.
Um conflito pode produzir um estado emocional que com o tempo torna-se mais difícil de gerir. Como tal, tem-se de enfrentá-lo, em vez de permitir que ele apodreça, porque você não conseguiu lidar com a adversidade quando ela tornou-se aparente. Uma adversidade é muito grande quando ela é tudo o que você pode ver. Mas, muito pequena quando na presença do contexto ao seu entorno.
Percepção nem sempre é a realidade e muitas vezes não enfrenta-se a situação mais evidente diante de nós, pois deixamos outros pontos de vista distorcer o que acreditamos ser a verdade. Os gestores mais eficazes têm a autoconsciência e sabedoria para enfrentar e dissipar o nervosismo. A resolução de conflitos é muito parecida com qualquer outro tipo de adversidade. A questão é: você quer agir ou não.
Liderar é antecipar o inesperado. Não complicar as coisas. Confie em si mesmo o suficiente para tomar uma atitude.
Resolver conflitos é observar oportunidades que outros não vêem. Lidar com a resolução de conflitos através de uma lente de oportunidade pode ser um fator de crescimento saudável para o seu negócio e de crescimento profissional a todas as pessoas envolvidas.
Líderes eficazes sabem que as relações mais autênticas com seus funcionários, clientes e parceiros externos realmente não começam até haver algum tipo de tensão.
Por quê? Como você realmente conhece alguém ou a si mesmo? A resposta está na resolução de conflitos. Como resultado, um embate deve ser abraçado e tratado – não apenas para resolver um problema pontual ou para detectar uma oportunidade – como um momento para aprender sobre a sua própria maturidade, liderança e como você conduz sua equipe através de circunstâncias adversas.
Fonte: [1]