Ótima ideia de negócio aqui no Brasil, nunca vi nada igual por aqui. Se o empreendedor conseguir manter o preço que o pessoal da 1DollarSacan mantém, o negócio vai fazer muito sucesso! Isso pode incomodar um pouco o pessoal da fotocópia, mas como em toda competição de mercado quem ganha é o consumidor, que venham as empresas de digitalização para o Brasil.
Por US$ 1, empresa converte livros de papel em arquivos digitais
Rafael Garcia
16/12/2011
WASHINGTON – Uma firma japonesa que se instalou nos EUA em setembro faz sucesso com um serviço barato para transformar livros em arquivos digitais.
Quem tiver desapego material suficiente em relação a seus exemplares de papel e tinta pode tê-los prontamente transformados num arquivo PDF, desde que esteja disposto a enviar o original para reciclagem.
Em três meses de operação no país, a 1DollarScan diz já ter escaneado mais de 50 mil livros. Atendendo clientes de diversas partes do mundo (Brasil incluído), o negócio está se expandindo graças ao preço competitivo. Com cerca de US$ 5, é possível ter um livro de 200 páginas transformado num arquivo digital.
O original de papel tem de ser destruído para evitar violação de copyright. A lei americana não permite que um exemplar a mais de uma obra seja introduzido no mercado.
Um bibliófilo mais conservador pode se perguntar por que alguém destruiria um livro real. A empresa, porém, diz ter sido procurada por muitos clientes que buscam “acessibilidade” de informação ou simplesmente precisam de mais espaço livre.
Um dos atrativos é que o PDF criado pela 1DollarScan é construído com um software de OCR (reconhecimento óptico de caracteres), que produz um arquivo de texto digital em vez de meras páginas fotografadas.
É uma vantagem para livros sem índice remissivo, por exemplo, que passariam a contar com recurso de busca por palavra-chave.
O segredo do serviço barato, diz a empresa, é a automação. Aliada à multinacional Canon, a BookScan (matriz japonesa da 1DollarScan) desenvolveu um programa para uso industrial que processa informação mais rápido do que softwares de OCR mais populares, como o da Adobe.
“A maior vantagem do nosso sistema é que ele escaneia a imagem e faz o OCR simultaneamente”, disse à Folha Mike Kiyamori. gerente de marketing da empresa. “Em um processo convencional, é preciso escanear o material e depois usar outro software para fazer o OCR, o que dobra o tempo de trabalho.”
LIVROS FATIADOS
A 1DollarScan também adotou um método prático para desmontar os livros -um cenário de horror para bibliófilos. “Temos um cortador eletrônico de papel que extrai a lombada dos livros e os desmonta”, diz Kiyamori.
“Depois, alimentamos o scanner com as folhas, e no fim do processo elas são empilhadas para reciclagem.”
O sucesso rápido está fazendo a empresa pensar em expansão. Com clientes pelo mundo, a 1DollarScan recebeu ofertas para abrir filiais na Europa e na Austrália.
“Estamos discutindo se devemos expandir o negócio ou abrir um sistema de franquia”, diz. “Por ora, a Fedex ganha mais dinheiro do que nós quando um cliente manda um livro de fora do país.”
‘USO JUSTO’
Essa facilidade para criar livros digitais já preocupa editoras: arquivos em PDF são facilmente pirateáveis.
“O serviço é de legalidade questionável”, diz Allan Adler, do setor jurídico da Associação de Editoras Americanas. “Se tenho a cópia de uma obra no meu computador, posso anexá-la a um e-mail e enviá-la a um amigo. Ele terá uma cópia nova, e eu ainda terei a minha”, acrescenta.
Segundo o advogado, a lei atual de direitos autorais já permite que editoras tentem notificar a nova empresa para impedir que determinado livro seja escaneado.
A 1DollarScan diz que a lei considera “uso justo” criar arquivos digitais para uso pessoal. No contrato de serviço, em todo caso, a empresa se exime de responsabilidade sobre o que é feito com o PDF após a entrega.
Fonte: Folha.com
denise bottmann
janeiro 21, 2012 em 3:18 amboa noite:
desculpe utilizar este post para comentar um outro tema. trata-se do seguinte:
a fbn está com um magnífico programa de livro de baixo preço para as bibliotecas públicas de todo o país. o problema é que há dezenas e dezenas de obras de tradução espúrias inscritas neste programa, oferecidas à escolha de 2.700 bibliotecas públicas que se cadastraram para participar. estou divulgando o fato, e agradeceria muito se você pudesse divulgar entre o mundo bibliotecário, caso julgue pertinente.
aqui encontram-se informações relacionadas com a questão:
http://naogostodeplagio.blogspot.com/2012/01/o-caso-das-obras-espurias-inscritas-no.html
agradeço
denise bottmann