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janeiro 24, 2020

Normalização Bibliográfica: um Campo Promissor para o Bibliotecário

normalização bibliográfica

O mercado de trabalho, nos dias atuais, tem se caracterizado por constantes mudanças e instabilidades, sobretudo com as transformações sociais oriundas do uso das tecnologias digitais. Embora essas transformações, em muitos casos, têm promovido a diminuição da empregabilidade e até mesmo o desaparecimento de muitas ocupações, evidencia-se a redefinição de novas formas de trabalho, de modo que, a cada momento, expande-se a atuação profissional para além dos fazeres e espaços tidos como tradicionais.

Formação profissional

A formação profissional interdisciplinar adquirida ao longo da trajetória
acadêmica tem proporcionado a definição de profissionais com múltiplas competências, de modo que a atuação no mercado de trabalho desses profissionais, em muitos casos, tende a extravasar os fazeres e os espaços de ocupação tidos como tradicionais. Está inserido nesse contexto, o bibliotecário, para quem, sua prática tem se estendido a diversos campos de atuação, não se limitando, tão somente, à prática de organização de acervos, comumente realizada em bibliotecas e centros de documentação.

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Mercado de trabalho

O mercado de trabalho da atualidade tem viabilizado novas oportunidades de trabalho, pois o bibliotecário além de atuar nas unidades de informação “[..] pode também atuar em outros campos, como no ramo cultural, como na gestão da informação em organizações e ainda, pode atuar em ambiente web […]” (SANTAANNA, PEREIRA, 2014, p. 163). Dentre os inúmeros segmentos de mercado, destaca-se a atividade de normalização, em que o bibliotecário constitui um profissional competente para realização da normalização bibliográfica (SANTA ANNA, 2017), podendo atuar de forma independente, por meio da parceria com outros profissionais, formando grupos de normalizadores. (SANTOS; SAMPAIO, 2014).

No contexto da sociedade da informação, bibliotecas e bibliotecários assumem novas posturas, especificamente de natureza instrumental, considerando o potencial das tecnologias que permitem a criação de novos serviços e produtos informacionais (ARAÚJO; DIAS, 2011). Portanto, essa postura promoveu a ampliação dos segmentos de mercado, rompendo limitações físicas e temporais, pois, se antes a atividade bibliotecária
ficava restrita aos recintos das bibliotecas e dos acervos bibliográficos, “[…] agora o uso difundido da tecnologia a serviço da informação transpõe barreiras físicas e institucionais […]” (SILVA, 2005, p. 10).

Profissional da informação

No entendimento de Fernandes e Pires (2012), o profissional da informação que atua como consultor no ramo da informação deve ter consciência que está incluído nas suas responsabilidades a capacidade em buscar informações confiáveis e disponibilizálas de forma oportuna para o seu usuário/cliente fazendo o uso devido da informação disponibilizada. Assim, segundo Milano e Davoc (2009), prestando serviços na área informacional, o bibliotecário passa a ser considerada a peça fundamental para a gestão do conhecimento nas organizações, podendo intervir de forma independente ou como trabalhador contratado pela empresa, como esclarecido por Santa Anna e Pereira (2014).

Os bibliotecários possuem capacidade para atuar na normalização bibliográfica, permitindo, por meio dessa prática, que as informações publicadas atendam a padrões e formatos uniformes, tendo em vista permitir segurança, conforto e comodidade aos usuários nos processos de acesso, transferência e uso da informação acadêmico-científica.

Normalização bibliográfica

A atividade normativa realizada em trabalhos acadêmicos tem demanda,
principalmente, no contexto universitário, haja vista a realização de pesquisa e necessidade de publicação dos resultados por alunos e professores em canais formais de comunicação. O objetivo da normalização bibliográfica extravasa a mera padronização da estrutura do trabalho, visto que ela possibilita que o aluno apresente o resultado da sua pesquisa com clareza de ideias e o prepara para refletir, pois escrever não é copiar, escrever.

Fonte: Atuação Profissional na Normalização Bibliográfica: um campo promissor para o bibliotecário