10 melhores livros da literatura brasileira

Lista importante para os Bibliotecários de Referência!

O Dia Nacional do Livro é comemorado nesta quarta-feira, em homenagem à data de fundação da Biblioteca Nacional, 29 de outubro de 1810. Nesses 204 anos, incontáveis obras foram publicadas de Norte a Sul, evidenciando a qualidade da literatura nacional. E sabe quais são as principais obras? É difícil definir, mas o Terra, em parceria com a Nuvem de Livros, elencou dez que são essenciais.

Confira a lista:

1. Dom Casmurro, de Machado de Assis
O romance é narrado em primeira pessoa por José Bento, o Bentinho (apelidado, na velhice, de Dom Casmurro, por viver recluso e solitário), que tenta reviver emoções afetivas com o objetivo de reconstituir o passado e sua história amorosa com Capitolina (apelidada Capitu). Torturado pelo ciúme, por não saber se Capitu havia ou não o traído com o amigo Escobar, Bentinho não consegue mais suportar a presença da mulher e do filho Ezequiel. Decide, então, separar-se deles.

Em seguida, faz uma viagem com a família à Europa, onde ficam Capitu e Ezequiel. Bentinho volta sozinho ao Brasil. Após alguns anos, Capitu morre, sem ter retornado ao País ou revisto o marido. Ezequiel, já moço, faz uma única visita ao pai, morrendo pouco depois numa viagem de estudos ao Oriente. Bentinho, já velho, fecha-se cada vez mais na sua vida solitária, quando passa a ser chamado de Dom Casmurro. É nessa fase que decide escrever a história de sua vida.

2. Amálgama, de Rubem Fonseca
Em ‘Amálgama’, mais novo livro de contos de Rubem Fonseca, residem todos os elementos (o erotismo, a violência, a velocidade narrativa, o clima noir) que consagraram o autor de Lúcia McCartney. Rubem Fonseca consegue construir uma narrativa que se desenha ao longo dos contos e, ineditamente, das poesias. Personagens e situações unidos pela tristeza, pela dor, pela raiva, pelo fracasso, pela ternura e pelo amor, um verdadeiro amálgama de vidas que se constroem e se destroem num instante.

3. Macunaíma, de Mário de Andrade
Mario de Andrade publicou ‘Macunaíma’ em 1938. Por falta de editora, a tiragem do romance foi de apenas 800 exemplares, mas o livro foi festejado pela crítica modernista por sua inovação narrativa e de linguagem. Macunaíma é o herói sem caráter, símbolo de um povo que não descobriu sua identidade. Uma releitura do folclore, das lendas e mitos do Brasil, escrita numa linguagem popular e oral.

4. Vestido de noiva, de Nelson Rodrigues
‘Vestido de noiva’ consolidou Nelson Rodrigues como um dos nomes mais importantes da dramaturgia nacional. Enquanto se recupera no hospital depois de ser atropelada, Alaíde é assombrada por lembranças de seu passado conflituoso e as de madame Clessi, uma prostituta do começo do século 20. Encenado pela primeira vez em 1943, Vestido de noiva, que se articula em três planos cênicos (alucinação, memória e realidade), foi o primeiro grande sucesso de público de Nelson Rodrigues.

5. Triste fim de Policarpo Quaresma, de Lima Barreto
Patriota doente, Quaresma teria enlouquecido se a Revolta da Armada não lhe desse a oportunidade de provar seu amor à pátria. Mas que pátria? Funcionários civis e militares sugando o Estado em benefício próprio? Criticando os costumes políticos brasileiros, o romance enfatiza a necessidade de se repensar nossa realidade social, constituindo um grito de protesto em meio à indiferença geral.

6. Morangos mofados, de Caio Fernando Abreu
A busca, a dor, o fracasso, o encontro, o amor e a esperança estão presentes na série de contos que se entrelaçam como se fossem um romance nesta obra.

7. Grande sertão: Veredas, de Guimarães Rosa
Na obra de Guimarães Rosa, o sertão é visto e vivido de uma maneira subjetiva e não apenas como uma paisagem a ser descrita, ou como uma série de costumes que parecem pitorescos. Sua visão resulta de um processo de integração entre o autor e a temática. Dessa integração a linguagem é o reflexo principal. Para contar o sertão, Guimarães Rosa utiliza-se do idioma do próprio sertão, falado por Riobaldo em sua narrativa. São os elementos básicos da condição humana que, em última análise, encontramos em ‘Grande Sertão – Veredas’ o que ela tem de mais fundamenta: o amor, a morte, o sofrimento, o ódio, a alegria.

8. Reinações de Narizinho, de Monteiro Lobato
Reinações de Narizinho, um clássico da literatura infantil brasileira que continua atual como nunca, reúne histórias escritas por Monteiro Lobato em 1920. O livro narra as primeiras aventuras que acontecem no Sítio do Picapau Amarelo e apresenta Emília, a boneca de pano tagarela e sabida; Tia Nastácia, famosa por seus deliciosos bolinhos; Dona Benta, uma avó muito especial; e sua neta Lúcia, a menina do nariz arrebitado. Lúcia, mais conhecida como Narizinho, é quem transporta os leitores a incríveis viagens pelo mundo da fantasia.

Tudo começa com uma inesperada visita da neta de Dona Benta ao Reino das Águas Claras e com a chegada de seu primo, Pedrinho, ao Sítio, para mais uma temporada de férias. Depois do passeio pelo Reino das Águas Claras, as reinações de Narizinho ficam ainda melhores. As crianças se divertem fazendo o Visconde com um sabugo de milho e planejando o casamento de Emília com o leitão Rabicó.

9. Horas de desespero, Pedro Bandeira
Um grupo de presidiários foge da prisão levando o diretor como refém. Um dos condenados sugere que o grupo se esconda na escola da favela, onde ele estudou e que conhece muito bem. Os alunos e professores também são feitos reféns e a polícia cerca a escola. Os bandidos ameaçam matar as crianças, caso seus pedidos não sejam atendidos. Somente com muita coragem e heroísmo essa situação poderá ser resolvida sem que vidas sejam perdidas.

10. A morte e a morte de Quincas Berro D’Água, de Jorge Amado
Se arte tenta, sem entrar em discussões conceituais, ao menos abarcar com força os seres humanos, mudá-los de lugar, fazê-los sentir cheiros e gostos, ter novos questionamentos e anseios, então, não há dúvidas: ‘A Morte e a Morte de Quincas Berro D’Água’ é uma obra de arte da maior grandeza. Neste curto romance, Jorge Amado conta a história da morte (ou das mortes, como saberá o ouvinte) de Quincas Berro D’Água.

Quincas é um funcionário público que deixa a enfadonha vida em família e o dia-a-dia burocrático para viver como bem entende, bebendo cachaça e amando as mulheres e o mar. Sua morte põe em xeque os valores e sentimentos da família, dos amigos e da própria sociedade. Quem é o defunto? É o respeitável funcionário Joaquim? Ou o vagabundo beberrão que vagava pelas ruas de Salvador? O ligeiro sotaque da atriz Nevolanda Pinheiro, também nascida na terra de Jorge Amado, encarrega-se de ressaltar o recheio de humor e lirismo que o escritor baiano usa para contar direitinho como tudo aconteceu. Por que a fama de Quincas correu o mundo? De onde veio o apelido de Berro D’Água? Quem eram seus amigos, sua família e sua companheira? Por fim, como foi que Quincas morreu?

Fonte

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