Perto dos 50 anos de profissão regulamentada é importante refletir sobre nosso trabalho. Como melhorar? Como evoluir? Vejo muitas discussões sobre mudanças, leis e empregos. Acho tudo isso muito válido, mas considero a auto avaliação um tópico tão importante quanto esses outros citados.
Recentemente saiu um estudo muito interessante sobre os resultados de uma pesquisa-ação desenvolvida com a participação de alunos de três turmas da disciplina Ética da Informação no Curso de Bacharelado em Biblioteconomia da Universidade Federal da Paraíba sobre as virtudes dos bibliotecários.
O estudo segue uma metodologia científica e chegou ao seguinte resultado:
Coragem para enfrentar os poderosos que ao longo da história pilham e destroem bibliotecas, preservando os suportes do conhecimento registrado das gerações anteriores para as gerações futuras.
Justiça, para pesar, medir e atender a necessidade de cada usuário, e o tempo certo para trazer novamente à luz os tesouros do conhecimento antigo.
Tolerância, para atender aos que vociferam que precisam de informação, mas ainda não sabem como pedir e muitas vezes desconhecem sua própria necessidade.
Humildade, para atuar em rede e compartilhar as fontes de informação, de modo a facilitar a transmissão do conhecimento para aqueles que dele necessitam, na sociedade.
Humor, pois o sentido da existência é viver bem, ou para o Bem, e alegrar-se por exercer uma profissão onde é possível transmutar a incerteza da busca na satisfação de recuperar a informação relevante para um usuário.
E Amor, pois para os seres humanos tudo começa e termina com esta virtude central, que nos vincula à natureza, aos outros seres humanos e à nossa ação na sociedade – no presente caso, ao exercício virtuoso da profissão bibliotecária.
O que acharam? Vocês concordam? Convido todos a discutir nos comentários.
Fonte