Além de uma ótima ideia de marketing para atrair pessoas para a biblioteca, o que tem sido cada vez mais difícil, chamar pessoas para fazer papel de “fonte de informação” torna a biblioteca um espaço social, de crescimento humano e evolução do grupo como um todo.
Independente da tipologia da sua biblioteca, montar um projeto como esse não é algo tão difícil, a questão é achar pessoas disponíveis. Talvez programar um encontro como esse uma vez por mês e crescer gradualmente. Entre em contato com as pessoas de sua comunidade e convide elas para trocar uma ideia e propor uma parceria com a biblioteca em troca da disponibilização de livros, enfim… moeda de troca é o que não vai faltar. Muitas vezes as pessoas nem vão querer uma contrapartida, mas estejam preparado para tudo, o que importa é implementar!
Acho que esse projeto tem tudo pra fazer sucesso aqui no Brasil. Já fiz alguns contatos e registrei algumas ideias de como fazer essa interação humana aqui na biblioteca onde eu trabalho. Vamos ver se nossos chefes vão topar, né? Boa sorte pra todos! Vamos trocar ideia? Entre em contato!
Human Library: onde você aluga pessoas em vez de livros
No projeto dinamarquês, ao alugar um livro, o leitor recebe uma pessoa disposta a responder a qualquer pergunta sobre sua vida
NINA FINCO
Como é ser bipolar? Por que você fez todas essas tatuagens e piercings? Por que você anda sem roupa? Essas são perguntas que despertam a curiosidade, mas nem sempre têm espaço para ser feitas, afinal, não é de bom-tom enfiar o nariz na intimidade das pessoas. No entanto, é costumeiro (e totalmente aceitável) enfiar o nariz em livros. Eles ensinam, esclarecem e não têm vergonha de expor verdades desconcertantes nem de responder a questões pessoais demais. Pensando nisso, o dinamarquês Ronni Abergel criou o projeto Human Library (biblioteca humana, em português).
“Eu acredito que, se pudermos fazer pessoas se sentar para conversar com um grupo ligado a certo estigma de que elas não gostam, ou não conhecem, poderemos diminuir a violência”, afirma Abergel. Ele criou o projeto há 16 anos e, desde então, levou o conceito a mais de 70 países como os Estados Unidos, as Filipinas e o Canadá.
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