As mudanças no modo de compreender a informação

É muito importante para os bibliotecários entender que a forma como compreendemos a informação mudou. Perceber isso vai fazer com que no momento que surgir uma necessidade de informação a nossa interpretação sobre que questão de referência terá que levar em conta a percepção do que o usuário realmente entende como informação útil. Isso eu posso afirmar que o Google não faz. Nesse caso, a melhor forma de satisfazer uma necessidade é o diálogo com o usuário. Lembrando que essa abordagem vai variar de acordo com uma série de características desse usuário como idade, condição social, entre outras.

As mudanças no modo de compreender a informação

O avanço tecnológico mudou o quadro do processamento e da recuperação da informação na medida em que não há mais distâncias que sejam obstáculo à velocidade. Nenhuma fronteira detém a informação, e os sistemas eletrônicos encurtaram o tempo de execução das tarefas de busca e de processamento da informação. Mas, ao mesmo tempo e a despeito dos fatores positivos, a tecnologia provocou, e ainda provoca, forte impacto nas instâncias de produção e de recepção. Para amenizar esse impacto, inúmeros investimentos sobre o estudo da linguagem têm sido empreendidos.

A tecnologia modifica as operações de aquisição, classificação, acesso e exploração de conhecimentos afetando sua circulação.

Dentre os impactos, pode-se destacar a substituição da mediação presencial realizada pelas unidades de informação e o documento digital. O desenvolvimento das memórias digitais e das ferramentas tecnológicas colocou em cena a possibilidade de os textos serem condensados e recuperados a partir da linguagem natural em que são escritos.

Entretanto, até o momento, não existe solução satisfatória para a recuperação semântica sem a intervenção da inteligência humana. A viabilização dos processos automáticos parte de estudo dos vocabulários e da reelaboração das mensagens a fim de torná-las mais condensadas e diretas.

Se, por um lado, a tecnologia apresenta rapidez de geração, facilidade de acesso e possibilidade de circulação de grande massa de informação em tempo recorde, por outro, ocasiona uma sobrecarga de informação ao usuário que se vê sem condições reais para selecioná-las e lê-las.

O desafio deste momento histórico de abundância de informação está na seleção e na qualificação da informação, procurando compatibilizar uso e tempo para leitura. Nenhuma máquina, sozinha, poderá realizar a contento a negociação de sentido entre as instâncias de produção e recepção, a não ser partindo de um procedimento razoavelmente padronizado, ou seja, de uma interface simbólica que relacione as informações oferecidas com campos de atividades e os contextos de usos possíveis.

Na atualidade, a informação tem valor utilitário destinado ao uso presente. Sua importância desloca-se do registro para o mundo das relações.

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