Professores e bibliotecárias de colégio incentivam os alunos a lerem livros.
Foto: Hedeson Alves/SEED
O Colégio Estadual São Paulo Apóstolo, em Curitiba, tem utilizado com sucesso uma nova ferramenta para incentivar o hábito da leitura nos estudantes do ensino fundamental. O projeto Carrinhoteca funciona como uma biblioteca itinerante. Os livros são levados para a sala de aula, o que facilita o acesso dos alunos aos acervos selecionados previamente pelos professores e bibliotecários.
O projeto, desenvolvido desde o início deste ano letivo pelo professor de Língua Portuguesa Andersom Marcelo da Silva, segue um cronograma elaborado pelas bibliotecárias da escola, que selecionam os livros de acordo com as séries e conteúdos trabalhados na disciplina. “Com o carrinho em sala eu ganho mais tempo para a aula porque os alunos não precisam se deslocar até a biblioteca. Assim consigo supervisionar e orientar melhor o empréstimo”, contou Silva.
As aulas de Língua Portuguesa no Colégio São Paulo Apóstolo são dinâmicas e diversificadas. Além das leituras em sala de aula, individuais ou em grupo, os estudantes leem no pátio, na própria biblioteca ou em casa. Mas há regras. “Eles estão lendo mais porque, além do incentivo da leitura recreativa, há a disciplina com o feedback sobre o que eles precisam fazer, a cada 15 dias, sobre o livro que estão lendo no momento”, contou o professor.
AULAS DIFERENCIADAS
Para a estudante Paula Eduarda de Almeida Vaz, 13 anos, do 7° ano, as aulas ficaram mais divertidas e organizadas. “A ideia é muito boa porque muita gente não pratica a leitura e isso é um incentivo para que mais pessoas adotem esse hábito”, disse. “Eu adoro ler, reservo no mínimo meia hora antes de dormir para ler e é legal ver outras pessoas sendo incentivadas também”, contou Paula.
O estudante Djalma Nunes da Silva Junior, 12 anos, também do 7° ano, lembrou que a iniciativa ajudou os colegas a desenvolverem o gosto pela leitura, por se tratar de uma metodologia diferente. “O professor trouxe um jeito novo de incentivar a leitura, que nos motiva a querer ler. Acho importante porque algumas pessoas não gostam de ler e a leitura ajuda no aprendizado e a conhecer mais”, disse Djalma.
ACESSO FACILITADO
Outra ação desenvolvida pela escola para incentivar o hábito foi a Biblioteca Livre. O espaço, localizado na entrada de um dos blocos de salas, conta com prateleiras com aproximadamente 150 títulos entre literatura infantil e infantojuvenil, enciclopédias, dicionários, revistas, DVDs e CDs didáticos.
“É um espaço de comum acesso, onde qualquer pessoa pode chegar e pegar um livro ou revista e ler, sem burocracia ou tempo para entregar”, disse a professora de Educação Física, Dirlene Zanluca Cattani, que iniciou o projeto em parceria com as professoras Denise Maria Menon e Sirlei de Fátima Nass, das disciplinas de Biologia e História, respectivamente.
Os livros do acervo foram doados pela comunidade e por professores e alguns exemplares remanejados da própria biblioteca da escola. Os materiais podem ser usados por alunos, professores, funcionários e pais que visitam a escola. “É um espaço diferenciado, dinâmico. Na biblioteca é mais formal, precisa de carteirinha para emprestar os livros. Aqui o aluno vem, mexe e escolhe. Se não gostou, troca e pega outro. Ele se sente mais livre para praticar a leitura”, disse Dirlene.
Fonte: [1]
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