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março 17, 2016

Bibliotecas híbridas: uma introdução

portal do bibliotecário bibliotecas híbridas

Definições

Conceitualmente, a biblioteca tradicional é aquela que tem a maioria dos itens do seu acervo constituída de documentos em papel. Não há consenso acerca do termo biblioteca digital, mas pode-se dizer que é também conhecida como biblioteca eletrônica ou virtual, e agrega em novo conceito o armazenamento da informação realizada de modo eletrônico e sua disseminação, independentemente da sua localização física ou do seu horário de funcionamento. Nesse contexto estão embutidas a criação, aquisição, distribuição e armazenamento de documentos sob a forma digital.

Repositórios

Os repositórios, diferentemente das bibliotecas, tiveram sua origem na era digital. Com a intenção de melhor explicitar o que entende por repositório, Foi proposto três categorias de repositórios:

1. os que armazenam o conteúdo no local;
2. os que armazenam somente os metadados;
3. e um tipo híbrido que armazena conteúdo e metadados localmente.

Como se armazena?

O armazenamento nos três tipos de repositórios categorizados se dá em meio digital, tanto das informações sobre cada recurso ou obra, quanto o recurso ou obra em si. O processo de evolução das bibliotecas tradicionais pode ser comparado à evolução dos repositórios digitais. Os repositórios digitais inicialmente funcionavam como referatórios digitais, pois armazenam apenas os metadados e a URL indicando o local de acesso do material digital. As bibliotecas tradicionais no início do processo de digitalização passaram a utilizar sistemas de informação que possuíam a referência do local físico de armazenamento do material na bibliografia. A diferença entre o referatório e a biblioteca tradicional informatizada é que o conteúdo da biblioteca tradicional poderia ser acessado somente fisicamente, e o referatório disponibiliza o conteúdo em formato digital de modo a poder ser acessado a partir de diferentes locais. Mais tarde, passou a ser feita a digitalização dos conteúdos da biblioteca, e assim, o conteúdo pôde ser também acessado a partir de qualquer local.

Com isso, as bibliotecas tradicionais passaram a operar de modo híbrido, disponibilizando itens do seu acervo em meio físico ou em meio digital, e até mesmo adquirindo outros itens já no formato digital. Atualmente começa a ser frequente a disponibilização on-line de teses, dissertação, artigos, periódicos, etc. Outras bibliotecas já nasceram na era digital e todos os seus processos são realizados através da internet. Algumas vantagens nessa transição foram a ampliação do acesso ao acervo, o acréscimo de quantidade maior de materiais, o que era muitas vezes limitado pelo espaço físico. A digitalização facilitou adicionalmente a manutenção e conservação do acervo preservado por meios tecnológicos, entre outras vantagens.

Interoperabiblidade e suas características

O rompimento de barreiras tecnológicas permitiu o surgimento de novo patamar para os sistemas de bibliotecas, antes orientados basicamente para a recuperação de referências bibliográficas em bases de dados isoladas e textos em papel. A tendência atual segue na direção da recuperação distribuída de objetos digitais – textos completos, imagens em movimento, som, etc – estabelecendo como objetivos a publicação na Internet e a interoperabiblidade entre fontes de informação heterogêneas e globalmente distribuídas.

Acervos digitais

A proliferação de acervos digitais fez surgir a necessidade de integrar informações e reduzir a quantidade de acessos para conseguir determinada informação, e novo esforço tem sido desenvolvido com o objetivo de alcançar interoperabilidade entre os repositórios digitais. A interoperação é a capacidade de sistemas distintos para comunicar e compartilhar dados entre si. A base para este processo está apoiada naturalmente na comunicação de dados, estabelecida e facilitada através de protocolos. O processo de investigação e desenvolvimento de soluções para assegurar a interoperação foi iniciado pioneiramente pela National Information Standards Organization (NISO), que estabeleceu comitê para elaborar um protocolo de recuperação de informação; os estudos iniciaram-se a partir de análises efetuadas nos anos 70 pela Library of Congress (LC).

Fonte

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